sábado, 13 de fevereiro de 2016

Coletores menstruais.


Você sabe o que é um coletor menstrual? Não? Então, vamos lá: eles nada mais são do que copinhos, feitos de silicone, que quando inseridos na vagina, servem para colher o sangue menstrual de forma segura e higiênica. 
Muitas mulheres acham essa idéia um tanto quanto "écati", "que nojo", "uuuiiiii sangue", "credo", .... mas a verdade é que, além de super higiênicos, os coletores são sustentáveis e fazem a gente poupar uma graninha, por serem bastante duráveis (se bem conservados, duram por 10 anos). 
Vamos falar das vantagens de se ter um desses?

1) São feitos de silicone medicinal hipoalergênico, ou seja, são maleáveis e se moldam ao canal vaginal, o que os torna extremamente confortáveis e imperceptíveis. (São perfeitos para você que é ativa e detesta ficar se preocupando se o absorvente vai aparecer, sair do lugar, ou encharcar durante uma atividade física).
2)Risco baixíssimo de vazamento. 
Quando bem colocados, eles fazem como se fosse um vácuo no canal vaginal e isolam o sangue (impedindo que ele vaze e entre em contato com a pele e a roupa).

3)Baixo risco de infecções. 
Por serem feitos de silicone hipoalergênico, não causam alergias e nem alteram o PH natural da vagina, além de não deixarem o sangue entrar em contato com a pele, o que diminiu ainda mais os riscos para a nossa saúde íntima.

4)Não fazem sujeira.
5)Não permitem a proliferação de odores desagradáveis. 
Pelo fato de não permitirem que o sangue entre em contato com o oxigênio.

6) Proporcionam autoconhecimento.
Mas, gente, como é que se usa isso?
Muito simples. Como eles são maleáveis, basta dobrá-los de forma correta, inserir na vagina como um absorvente interno comum, soltar e "Voilá", seu coletor menstrual estará pronto para te dar 12 horas de conforto e liberdade.
Comparativo entre um coletor e um absorvente interno comum.
Na imagem a seguir é possível ver como colocar e retirar o copinho de forma segura. 
Mas como tirar sem me lambrecar? E como higienizar? E se eu precisar esvaziar enquanto estiver na rua?
Calma... são realmente muitas perguntas.
Para retirar, basta puxar o coletor pelo cabinho (bolinha ou anel), depois pinçar o fundo do copinho com os dedos polegar e indicador, de modo que não exista mais vácuo e puxar gentilmente pra fora. No vaso mesmo, despreze o conteúdo do copo, limpe com papel higiênico (ou lenço umedecido) e recoloque. Se o banheiro tiver uma pia acessivel e privativa, aproveite para dar uma lavadinha, embora não seja necessário. Quando chegar em casa, ferva o seu coletor numa panelinha que você vai separar exclusivamente para isso e, caso não precise mais dele dessa vez, guarde limpinho e esterilizado para usar no próximo ciclo. 
Viu só? Colocou, usou, lavou e tá pronto pra outra. Sem lixo, sem cheiro, sem sujeira, sem chatice. 
E, SIM, mulheres virgens podem usar coletores menstruais!
Existem muitas marcas no mercado, inclusive uma 100% brasileira, e todas elas fabricam 2 tamanhos de copinhos. É importante saber qual é o ideal pra você antes de adquirir um. Vale lembrar que também encontramos no mercado coletores descartáveis que prometem liberdade sexual no período menstrual. 

Imagina, poder passar o dia sem se preocupar com vazamentos (podem ser usados por 12 horas), cheiros, atividade física durante o período menstrual, etc, etc. 
Liberdade já!

Que tal se permitir?

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Um presente pra auxiliar e me fazer entender.

(Foto do arquivo de Lívia Diniz)

Nossa, quanto tempo faz que não escrevo por aqui. Mas a vida é assim mesmo não é? Uma hora tudo muda e o nosso tempo fica tão curto que os dias parecem ter apenas 5 horas. Ufa, vida de mãe não é mole!
Tanta coisa aconteceu nos últimos tempos que nem sei por onde começar. E em meio a milhares de mudanças, uma nova gestação aconteceu e a decisão conflitante de colocar o primogênito na escolinha surgiu. Quantas dúvidas, quantos preconceitos e medos a serem vencidos. Essa é realmente uma decisão muito importante, tanto pra nós mães, como pra eles, filhos. Mas, como a vida é muito "camarada" e sempre coloca as pessoas certas no nosso caminho, comigo não haveria de ser diferente.
Uma vizinha amiga, quando soube da minha segunda gravidez, resolveu me presentear com 2 CDs, um chamado "Soninho" e o outro "Maternalzinho", ambos concebidos pela mãe de uma amiga nossa.
Abri, ouvi e entendi o quanto os 2 eram valiosos pra mim.
A Lívia Diniz é psicóloga, atriz, diretora de teatro, pianista, compositora, "Bombril" e Mãe da Débora Diniz, que com toda certeza foi a musa mais que inspiradora disso tudo. Ela, então, juntou toda a sua experiência da psicologia e da maternidade para fazer esse trabalho incrível e que, para minha surpresa, já tinha sido lançado anteriormente e reconhecido, inclusive, em terras estrangeiras, chegando a vender aproximadamente 40 mil cópias. Algumas escolas públicas do Rio, através de uma parceria da Lívia com o governo, se utilizaram desse trabalho para dar suporte pedagógico às atividades realizadas com as crianças do maternal e, também, algumas maternidades brasileiras, adquiriram cópias do CD "Soninho" para dar de brinde às mamães de primeira viagem. Achei isso o máximo.

Bom, agora vou falar da minha experiência com essas preciosidades.
O primeiro que eu abri foi o "Maternalzinho", já que vinha de encontro certeiro com a minha realidade. A faixa 1, totalmente lúdica e instrumental, me fez entrar no clima com o Joaquim, que já demonstrou interesse ao balançar as perninhas e os bracinhos no ritmo. A faixa 2, instantaneamente, como um comprimido efervescente que entra em contato com a água, me fez ficar com um nó na garganta, chorar (sem sequer conseguir controlar) e viver o 'futuro primeiro dia de aula' do meu filho na escolinha. O tão temido, por mim, claro! Quado a primeira estrofe foi cantada - "Tchau mamãe, papai, vovó, titia, tá na hora de encontrar com meus amiguinhos, meu maternalzinho. Vem, depois, pra me buscar"-  eu quase morri e imaginei aquele bebê de 1 ano e 2 meses, de uniforme, lindo e fofo, me dando tchau e entrando na escola. Meu coração nesse momento estava do tamanho de uma ervilha. Mas, conforme a música foi fluindo, as vozes das crianças foram surgindo alegres, fui entendendo que aquele era um momento de felicidade, de aprendizado e diversão pra ele. Eu não tinha motivos para me desesperar e muito menos achar que seria uma experiência amarga, afinal, ele estaria socializando e desenvolvendo suas habilidades e emoções. Respirei fundo.... E da faixa 3 em diante, cantei pra ele, com todo o meu amor, as músicas que fizeram parte da minha infância. Batemos palmas e curtimos as composições didáticas e divertidas criadas pela Lívia. Fomos da negação à aceitação e bagunça de cores e vogais. Me apaixonei pelo CD e seguimos ouvindo por mais 2 vezes seguidas. kkkkkk.

O segundo CD "Soninho", foi aquele que, assim que eu coloquei pra rodar, pensei: "Por que eu não ganhei esse presente antes"? Delicioso e lúdico do início ao fim, ele sugere que uma caixinha de música da vovó se abra e tudo se acalme. Que o ritmo diminua, que as luzes se apaguem, que o cheirinho de lavanda tome conta do ar e o calorzinho do colo e do ventre sejam o lugar perfeito pra se ter lindos sonhos. Perfeito pra se ouvir com o baby desde a barriga até depois de maiorzinho. É a hora de criar vínculo e sintonia. De amamentar com calma e paz e mostrar que o sono é algo delicioso, que não exlcui a mamãe, mas sim, transporta ela pra dentro do bebê, de forma doce e harmoniosamente linda. O Joaquim é um bebê muito agitado (quem conhece sabe) e tá naquela fase terrível de nascimento de molares, caninos e "monstros bucais" em geral, todos rompendo ao mesmo tempo. E ouvir esse CD foi, pra ele, uma experiência entorpecedora, do tipo, "liguei - tocou - ouviu até a faixa 2 - foi". Sinos imaginários tocaram na minha cabeça e eu percebi que esse era um dos caminhos.

(Foto: Loft Fotográfico)
Bom, pessoal, como tudo que testo e aprovo, vim aqui deixar essa dica pra vocês.
Amei ganhar esse presente da minha vizinha linda, Marcelas Rimes, e agradeço à Lívia por ter lançado esse trabalho que tanto enriquece e dá suporte ao nosso dia a dia de mãe.
Essas duas moças lindas e ruivas na foto que fecha essa postagem, são a Lívia e sua musa inspiradora, sua filha Débora, que hoje já é um mulherão e, assim como sua mãe, se dedica à arte e à cultura.
Vida longa ao "Soninho" e "Maternalzinho".
E não, eu não estou ganhando dinheiro pra escrever isso aqui. Compartilhar coisas desse tipo é dar a possibilidade de outras mães se beneficiarem como eu me beneficiei. É utilidade pública!

Obrigada por lerem até aqui.
E até a próxima postagem.
Namastê!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Forma de felicidade. O corpo no pós parto.

(Foto de Jade Beall, retirada da internet).


Tempos atrás, uma amiga me enviou "inbox", pelo Facebook, o link de uma matéria que falava sobre certa fotógrafa que lançou um projeto lindo, onde o grande protagonista da sua exposição era o corpo da mulher pós parto. Achei essa iniciativa incrível, fui pesquisar mais sobre ela e virei fã de Jade Beall. Suas fotos me fizeram refletir sobre um dilema pessoal que venho vivendo e me fez enxergar tudo com outros olhos. 
Hoje, então, resolvi escrever um pouco sobre isso. Assunto que, até o momento, eu também não me atrevia a falar por ainda me sentir desconfortável com as mudanças do meu corpo. 
Uma das maiores dificuldades que tenho e, acredito eu, a maioria das mulheres adquire depois de ter seus filhos, é aceitar as mudanças que ocorrem no corpo. Aquela barriga firme, a pele lisa, cintura marcada, bumbum torneado, os seios que antes não necessitavam de sutiã, coisas que facilmente podem deixar de existir após uma gestação, atormentam os pensamentos de muitas mulheres. No lugar das características que eram puro orgulho, nasceram marcas que contam a história da maior transformação da vida de uma mulher: a maternidade. Estou ainda atravessando esta etapa com muito custo. Os quilos a mais, a cicatriz de uma cesárea indesejada, a flacidez abdominal e os seios pesados e grandes, me fizeram ter vergonha da minha aparência e isso me trouxe problemas. Problemas comigo e consequentemente com o meu marido. Dificilmente uso biquínis, calcinhas pequenas, roupas muito decotadas ou sem mangas sem me sentir desconfortável. Isso tudo dificultou a minha relação com o mundo. Deixei de ir à praia, passei a ter vergonha de me trocar na frente do meu marido e de usar os meus vestidos favoritos, com medo de me sentir ridícula. É muito difícil e, às vezes, doloroso, aceitar essas mudanças de forma madura e positiva. Facilmente nos sentimos pra baixo, sufocadas e diminuídas pela ditadura da beleza que se criou na sociedade como um todo e fez nas mulheres (e também nos homens) tremendas lavagens cerebrais e intestinais em prol do corpo perfeito. Hoje, mais vale uma lipoaspiração na mão do que o "seu homem" voando. 
Tudo é motivo para uma mulher entrar na faca, principalmente se essa já deu à luz seus filhos.
Obviamente existem as exceções. Eu mesma tenho muitas amigas que nem pareciam que tinham acabado de parir. Seus corpos magros e esbeltos já estavam no lugar no instante seguinte em que seus filhotes deram o primeiro suspiro fora de seus úteros. Mas não é para elas que esta postagem foi direcionada, e sim, pra você, que assim como eu, aceita a passos de tartaruga centenária, essa nova roupagem que habita.

Depois de ler mais sobre Jade, sua experiência e seu trabalho, passei a enxergar meus seios menos empinados como a escultura mais linda e perfeita que a vida já projetou. Esse foi o meu primeiro passo. Lembrar diariamente que meu corpo alimenta o ser que mais amo e mais me importo em toda a minha existência, me faz esquecer a falta de padrão estipulado que vejo, quando me olho no espelho, e perceber que sou fonte de amor. O corpo mais arredondado, que agora não veste "P", me mostra as curvas que meu filho desenhou enquanto vivia em mim. Cada novo milímetro foi essencial para manter as condições perfeitas pra ele, e agora, do lado de fora, são esses mesmo milímetros que o aconchegam e aquecem quando o frio, o medo e também os dentes se aproximam.

(Joaquim aos 3 meses, pela primeira
vez na praia. Arquivo pessoal Matrem). 
Procuro ver Deus em mim cada vez que me sinto feia por estar fora de forma. Mas agora eu pergunto: que forma é essa que procuramos ter? Forma de "Gisele"? De Globeleza? De capa da revista "Boa Forma"? Acabei de crer que tenho que parar de achar que bonito é "perder 15 quilos em 1 mês" e entender que cada uma tem o seu tempo, a sua realidade e necessidades. Escolhi viver a maternidade ativamente, em tempo integral, sem babás, sem creches, sem papinhas Nestlé, sem pressa e sem limites. Sendo assim, devo aceitar a forma mais linda que eu poderia ter e deixar de me cobrar uma Juliana que ainda não quero ser, portanto, minhas caras amigas, me aceito assim, na minha melhor forma, a de MÃE.

As marcas que meu corpo apresenta hoje, servem pra me lembrar que eu passei pela fase mais feliz e especial do jogo da vida real e ganhei a pontuação máxima com todas as bonificações no final. O Joaquim é a minha primeira grande conquista. Um menino lindo, saudável, esperto e feliz, que ama se aninhar no meu colo macio e quentinho, sem se importar se ele é feio ou bonito.
Em breve as mudanças se reiniciarão, pois já planejamos o segundo baby, e aí, uma nova forma se fará. E enquanto isso, vou me aceitando, me amando e, às vezes, me odiando...como num ciclo sem fim. Afinal, sou mulher e vivo numa explosão de hormônios.

Essa postagem nada trouxe de científico ou super novo, mas aposto que muitas vão se identificar.
Vez ou outra trarei relatos assim, humanos.

Obrigada por ler.
Namastê.



quarta-feira, 11 de junho de 2014

A chupeta e a minha sensação de "menas" mãe.


Chupeta é um assunto de extrema polêmica no universo materno e, hoje, com muita dor no coração, e em tom de desabafo, vou assumir o meu lado "menas" mãe, pra vocês: o meu filho chupa chupeta. 
- Ahhh, relaxa. Isso não é o fim do mundo!
Relaxa uma ova! Pois dar a chupeta foi o extermínio do meu sonho da maternagem perfeita. E por causa desse pedacinho de borracha, eu chorei copiosamente por noites a fio, pensando na péssima mãe que eu estava sendo para o meu filho. 
Eu nunca achei normal uma criança com chupeta na boca. Acho feio e totalmente inútil. 
Sei que nada justifica o uso dela, mas, quando o Joaquim nasceu, ele já chupava (e com muita força) não só o dedinho, mas a mão inteira, o braço... e assim ele ficava cheio de manchas roxas pelo corpo. Ver o meu bebê cheio de chupão não era legal e, juntamente com a pressão da família e as inseguranças, a mamãe de primeira viagem que vos fala, cedeu ao drama generalizado. 
Me culpo, e muito. Eu não queria ter dado, mas não aguentei a pressão psicológica. E hoje, sofro com o dilema de não saber como eliminar esse hábito. 
Meu filho já está com 9 meses. É um bebê extremamente oral, ou seja, mama muito, come muito, fala muito e leva tudo MUITO à boca (e eu não o privo de experimentar o mundo dessa forma). A chupeta, por sua vez, é infelizmente um dos prazeres que ele não está vivendo sem, mas ela tem uso controlado por mim, restrito às horas de dormir. E isso é o que me faz acreditar que, TALVEZ, eu não seja tão "menas" assim. Não uso a chupeta como um cala boca e sou a favor de acalmar o meu filho oferecendo o meu seio e o meu abraço. 
A sucção não nutritiva é um péssimo hábito para qualquer criança. Ela traz problemas de desenvolvimento do trato respiratório, oral e facial, e ainda deixa nossos bebês dependentes e com cara de bobos. Eu adoraria poder voltar atrás e fazer diferente. Não curto chupeta, não incentivo o uso e luto para que o meu filho largue logo dela. Porém, uma vez, lendo um dos muitos blogs e artigos que tenho acesso diariamente me deparei com algumas falas de Freud (sim, ele mesmo, o rei da psicanálise) que diziam muito sobre a tal "fase oral". Me confortou ler que, essa etapa do desenvolvimento (que dura em média um ano e meio desde o nascimento) deve ser muito bem resolvida pela criança e sem interrupções precoces. O que eu entendi disso? Bom, a meu ver, assim como o desmame abrupto, a retirada da chupeta de forma repentina, sem respeitar o tempo da criança, pode trazer consequências futuras.  Acredito que, se há o uso da chupeta, o mesmo não deva anular a experimentação do bebê, pois ele precisa conhecer as coisas do mundo por essa via. Eu não gostaria que meu filho se tornasse um adulto preso à sua fase oral, viciado em cigarros, bebidas ou comida, por exemplo. Talvez Freud tenha me trazido uma faísca de conforto mas, bem no fundo, eu não consigo eliminar a sensação de falha.
Tenho sorte do meu filho adorar mamar, nunca ter feito confusão de bicos e não demonstrar sinais de desmame precoce. Acho que isso também é consequência do controle que eu imponho sob o uso da chupeta por aqui. Mas minha vontade é de pegar a única que ele tem e isolar para o universo. Rsss. 

Vamos então listar alguns dos danos reais causados pela chupeta (com base em evidências científicas e retirados de um artigo da maravilhosa Andreia Stankiewiczcirurgiã-dentista especialista em odontopediatria e ortopedia funcional dos maxilares, membro do Núcleo de Estudos em Ortopedia dos Maxilares e Respiração Bucal ): 
(Neste momento me dispo de qualquer orgulho para assumir a minha enorme cagada e arcar com as possíveis consequências que ela pode trazer).

Então vamos a elas: 

. A chupeta interfere negativamente sobre a amamentação.
A confusão de bicos que tanto se ouve falar é explicada pelo fato de a musculatura ser trabalhada de forma diferente quando ocorre a sucção de um bico artificial. Há uma perda de tonicidade e a postura muscular alterada faz com que o bebê não consiga manter a pega perfeita na hora de abocanhar o seio para a amamentação. Isso pode causar fissuras nos bicos dos seios e diminuição da produção de leite, devido a procura reduzida do bebê. 

. Prejudica a maturação funcional do sistema estomatognático.
Ela atrapalha na fala, deglutição, mastigação e respiração da criança. No entanto, podem surgir deficiências de dicção, desenvolvimento de uma voz anasalada ou rouca, mastigação alterada (o que interfere nas articulações das mandíbulas), deglutição prejudicada e problemas respiratórios, alterando a respiração de nasal para bucal. A literatura científica, no entanto, apresenta um consenso de que, quanto mais cedo esse hábito for retirado, menores serão os danos. 

.Causa deformações na boca e face.

Os ossos da face se desenvolvem de forma desarmônica. A arcada dentária sofre estreitamento e os ossos nasais culminam em um desvio de septo, prejudicando a deglutição, fala, mastigação e respiração, como dito anteriormente. Esse processo de deformação, que será maior em uns e menor em outros, dificulta o tratamento de patologias como sinusite, otite, amigdalite, etc, além de, esteticamente, provocar o não desenvolvimento do queixo da criança.

. Provoca maloclusão dentária.
Crianças com hábito de sucção não nutritiva têm 12 vezes mais chance de desenvolver problemas oclusais, ou seja, de fechamento das mandíbulas (mordida). Mais de 70% dessas crianças apresenta algum problema dessa natureza.

. Provoca a Síndrome do Respirador Bucal. 
Quando a respiração bucal da criança afeta o seu desenvolvimento, seu organismo responde como um todo. O ar que é inspirado pela boca não passa pelo processo de filtragem, aquecimento e umedecimento (como acontece quando inspiramos pelo nariz). Essa deficiência deixa o sistema respiratório mais vulnerável a doenças diversas. Além disso ela desenvolve alterações físicas, problemas nutricionais e de crescimento, alterações no sono (ronco, apnéia, pesadelos, bruxismo, etc), problemas posturais, comportamentais e emocionais (como falhas no aprendizado, ansiedade, fobias, impulsividade, agitação, cansaço, baixa auto-estima, dentre outros). 

Outras considerações:
  1.  Não existem bicos artificiais que se comparem ao bico do peito de uma mãe. A textura, a forma e a função são totalmente diferentes.
  2. A chupeta não é menos nociva que o dedo. Os danos da sucção prolongada de ambos são bem semelhantes. A sucção do dedo, contudo, se assemelharia mais ao peito por ter calor, odor e consistência mais parecidos com o do mamilo e pela posição que ele fica dentro da boca.
  3. Os bicos ortodônticos prejudicam mais que os convencionaisEmbora sejam potencialmente menos nocivos em relação às alterações dentárias, chupetas ortodônticas mantêm o dorso ainda mais elevado e a ponta da língua ainda mais baixa e mais posteriorizada do que o bico comum.
  4. A sucção não nutritiva é um hábito de difícil remoção. E essa remoção se feita de forma repentina ou abrupta pode gerar efeitos psicológicos complexos e difíceis de mensurar, levando à substituição por hábitos de sucção de dedo, lábio, língua, onicofagia (roer unhas) ou outros. Esses hábitos podem ser substituídos ao longo da vida por comer, fumar ou outros transtornos compulsivos, segundo a teoria psicanalítica (freudiana).
  5. O primeiro ano de vida do bebê é um período crítico para o seu desenvolvimento, de metabolismo ósseo acelerado e aprendizado/maturação de funções vitais, o que torna a presença de estímulos patológicos ainda mais agressiva. Portanto esqueça que, se a chupeta for retirada antes de determinada idade, não haverá problema nenhum para o seu bebê. 
  6. "Chupetar" peito não existe! No peito o seu filho mama. Ele está sugando, está em contato íntimo com você, sentindo o seu calor e o seu carinho, fazendo todas as trocas afetivas e vivenciando as sensações orgânicas daquele momento. Portanto, exclua esse termo do seu vocabulário se o seu filho não está com uma chupeta na boca, e sim o seu seio.
  7. A chupeta não previne a Síndrome da Morte Súbita Infantil. Muito pelo contrário, estudos já mostraram que a amamentação, sim, reduz esse risco em 50%, em todas as idades. E se a chupeta favorece o desmame, devemos pensar mais sobre esse aspecto, não é mesmo? 
  8. Não existem evidências de que a chupeta diminui a incidência de refluxo gastro-esofágico.
  9. Como qualquer outro objeto levado à boca, a chupeta pode servir de veículo para infecções diversas, além de ser feita de material sintético que, em contato com a saliva do bebê pode trazer riscos à saúde, pelo seu processo de volatização. 
  10. Por fim, lembre-se sempre: a necessidade de sucção do bebê deve ser suprida no peito!
Diante disso tudo que foi dito nessa postagem, concordamos que esse pequeno pedaço de borracha que tanto conforta os bebês, é totalmente desnecessário e faz mal SIM. 
Eu, por minha vez, continuarei controlando o uso e rezando pra que o Joaquim logo largue esse hábito, para que ele não sofra tanto as consequências e o meu sentimento de "menas" mãe seja esquecido, kkkkkkk. 

Bom, espero que essas informações, mesmo que básicas, junto com a minha experiência nada exemplar, sejam úteis. 
Chupeta não tá com nada! 

Continuem enviando sugestões de postagens e comentando. 
Obrigada por lerem até aqui. 

Namastê.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

"Sobre ordenhas e estoques". Quando chega a hora de montar a "dispensa" do seu bebê.



Hoje a postagem é para uma amiga necessitada e, também, para todas as mamães que estão retomando suas vidas profissionais, não têm a possibilidade de trabalhar em casa para manter a amamentação dos seus pequenos e, por isso, precisam montar um estoque de leite que atenda à sua demanda.
Muitas mulheres têm dúvidas de como criar um estoque de leite materno em casa. E realmente, há muito que se saber sobre higienização, ordenha, potes, tempo e tipos de armazenagem.
Então, vamos começar falando sobre a preparação.
Antes de mais nada, deve-se higienizar muito bem as mamas e as mãos, secando-as com um papel toalha ou um tecido bem limpo e esterilizar o pote que será utilizado para armazenar o leite. O ideal é que se utilize uma touca para envolver os cabelos e uma máscara ou tecido limpo sob a boca, para que não haja risco de alguma contaminação.
Feito isso, vamos para o passo 2, a extração.
Procure um lugar tranquilo para que não ocorra interrupções ou falta de conexão com o momento. Lembre-se que o sucesso da extração, seja ela manual ou por vias elétricas, depende muito dos tais hormônios que já citei numa postagem anterior, a Prolactina e a Ocitocina, e esse último em especial, é ativado por estímulo de sentimentos sublimes como o amor, afeto, prazer, proteção... sendo assim, faça uma playlist com músicas tranquilas que te agradem, capriche nos pensamentos sobre o seu filho e, se necessário, tenha por perto uma foto dele com aquele sorriso "mais gostoso do mundo", ou uma pecinha de roupa que ele tenha usado. Coloque-se numa posição confortável, respire calma e pausadamente e relaxe. (Sim, parece uma meditação guiada, eu sei).
Em seguida, massageie por alguns minutos as mamas cuidadosamente e, em movimentos circulares, dedilhe as duas aréolas. Segure as mamas com a mão em forma de "C" e dê uma leve chacoalhadinha (rsss, sem rir). E agora você já pode começar a ordenha.
Para as mães que optarem fazer a extração manualmente, segue a dica:

A posição dos dedos é muito importante na hora de fazer a ordenha. Polegar e indicador devem estar colocados na linha limite da aréola, um acima do bico e o outro abaixo, de forma que a área apertada seja a mesma que o bebê abocanha quando mama. Deu pra entender? Agora, pressione suave, porém firmemente a região areolar, como se quisesse unir os seus dedos por trás do bico do seu seio. Faça o movimento repetidamente (apertando e soltando), para que o leite comece de fato a fluir. O processo é lento e pode gerar algum desconforto no começo, mas tenha paciência e muito amor no coração, pois esses sim serão os seus grandes aliados.

Esse trabalho, embora pareça objetivo e racional, é muito introspectivo, onde a mulher se conecta com o seu corpo, entende seus comandos e soma mais uma forma de enxergá-lo. É como se estivesse fazendo um suco de laranja, você escolhe a fruta, tateia, cheira, limpa, corta e espreme para tirar o suco. Viu? Na natureza tudo se repete. E com a gente não é diferente, afinal, somos bichos, não é mesmo? Só que, o ser humano sofre de uma amnésia crônica que o faz esquecer desse detalhe e perder o instinto de uma série de coisas que são extremamente vitais, como "AMARmentar", por exemplo.

 Bom, sigamos com o assunto. Caso a mãe opte por fazer a ordenha através de um extrator, o processo de preparação é o mesmo. Aqui em casa, eu utilizo um extrator elétrico da Medela (esse da foto, à esquerda). Ele é super confortável, tem regulagem de intensidade, nunca feriu o meu seio, mas, como qualquer outro tipo de acessório para ordenha, me deu um desconforto bem pequeno no início. Porém, no segundo dia de uso já não senti mais nada.

Lembrem-se, extrair o leite também é uma forma de estimular a sua produção e evitar empedramentos, entupimentos e outros inconvenientes. Não queira "economizar" leite para a próxima mamada, pois certamente você vai estar remando contra a maré.

Agora vamos falar sobre o armazenamento desse leite.
O ideal é que se tenha, preferencialmente potes de vidro, porém, é aceitável que se utilize eventualmente recipientes de polipropileno (um termoplástico resistente e de boa estabilidade térmica, o que não influencia na qualidade do leite nele armazenado) ou saquinhos próprios para esse tipo de tarefa. Qualquer um dos recipientes descritos aqui você conseguirá encontrar facilmente em farmácias ou lojas especializadas. No caso do recipiente de vidro, não há necessidade de se comprar. Se na sua casa tiver vidros vazios de maionese, café solúvel ou outros que tenham tampa de rosca, você já pode iniciar o seu estoque. É só se certificar de que estes estão limpos e devidamente esterilizados.


Partindo para o tempo de armazenagem:

Depois de extrair o leite e colocar em recipiente limpo e estéril, saiba que, por segurança deve-se respeitar rigorosamente o tempo de conservação do mesmo.

  • Se for mantê-lo refrigerado na geladeira, o consumo deve ser feito em no máximo 12 horas. 
  • Se for congelar (em freezer ou congelador), consuma em no máximo 15 dias.
Quando se armazena em casa, o leite deve ser rigorosamente monitorado, pois não passará por um processo de pasteurização, como nos bancos de leite e, por esse motivo, seu prazo de validade é curto. Portanto, FIQUE MUITO ATENTA. (Nos bancos de leite, onde se tem estrutura de pasteurização e armazenamento, o leite pode durar até 3 meses congelado).
IMPORTANTE: Para que não haja confusão, etiquete os vidros e escreva a data e hora da extração. Isso será de enorme valia pra você. 

Quanto ao transporte:

Tenha uma frasqueira térmica e um gelo artificial rígido (que garante a temperatura por muito mais tempo). Retire o frasco do freezer e coloque imediatamente na frasqueira com o gelo. Ao chegar no seu lugar de destino, verifique o estado do leite. Se houver desgelo e o leite estiver com mais de 50% em estado líquido, não coloque-o para congelar novamente. Este leite deve ir para a geladeira e deve ser consumido em no máximo 12 horas. Se não houver esse desgelo todo (de 50%), pode colocar o recipiente novamente no freezer sem problema. E se o transporte foi feito com ele somente refrigerado (ou seja, estava na geladeira), conte 12 horas a partir do momento que ele foi extraído. Certo?

E por fim, como fazer para aquecer o leite:

Se estiver no freezer: 
Aqueça uma panela com água e desligue o fogo . Coloque o frasco dentro da água até que ocorra o desgelo total do mesmo, agitando o frasco lentamente para a misturar os seus componentes. 
Tempo aproximado – 10 minutos.

Caso não ocorra o desgelo total, retire o frasco da panela e aqueça a água novamente, realizando o mesmo procedimento.

Se estiver na geladeira:
Aqueça uma panela com água e desligue o fogo. Coloque o frasco dentro da água agitando-o lentamente para a misturar os seus componentes. 
Tempo aproximado 02 minutos.

  • O leite que sobrar deve, após o aquecimento, ser desprezado. O restante do leite descongelado e não aquecido poderá ser guardado na geladeira e utilizado no prazo de até 12 horas.
  • Sempre observe a temperatura do leite materno antes de oferecer para o bebê.
  • Nunca aqueça o leite em microondas, pois este tipo de aquecimento pode destruir seus fatores de proteção.
  • A temperatura do leite materno é de morno para frio.
Bom, outra dica que eu considero de grande valia é a seguinte: prefira oferecer o leite ao seu bebê em um copinho ao invés de mamadeira. Assim, você não vai estar contribuindo com um possível desmame precoce
 do seu filho. Já existe no mercado um copinho desenvolvido especificamente pra isso, com uma angulação mais favorável, porém, se você tiver um copo pequenino de vidro em casa, separe-o para o o seu baby. 

Ufa! Foi uma enxurrada de dicas. 
Espero que tenha sido útil e que algumas das dúvidas possam ter sido sanadas.
O meu muito obrigada à Lívia que me procurou e fez esse pedido que, de certo, vai ajudar muitas mamães.

Até a próxima postagem.
Namastê.

sábado, 24 de maio de 2014

Experimentando Arte com a barriga.


(imagem retirada da internet)

A postagem de hoje é fofa e traz duas coisas lindas e extremamente significativas para se fazer com o barrigão. Além de serem atividades gostosas, ajudam no auto conhecimento, na aproximação de outros membros da família à gestação, propiciando um momento de reflexão e também auxiliando no alívio daquela ansiedade inevitável que o fim da gestação nos traz. Fazer arte é tudo de bom, mas quando essa mesma arte é feita com amor e com gente amada em volta, ahhhhhh, é maravilhoso!

Primeiramente, apresentar-lhes-ei a "Ultrassom" Natural. 
Linda de se ver e vivenciar, ela consiste em desenhar o bebê na barriga da gestante. 
Mas como?
Artavés de manobras de palpação, a doula, ou parteira, ou outra pessoa especializada nisso, vai, antes de mais nada, analisar a posição do bebê dentro da barriga da mamãe, e depois, com pincéis e muita calma e tinta colorida vai desenhá-lo suavemente, mostrando o lado para o qual está virado, as áreas onde há líquido, onde está localizada a placenta, cordão umbilical e, com toda sensibilidade, vai transbordar a calmaria feliz que reina naquele útero quentinho e aconchegante. 
Essa atividade é deliciosa, pois pode envolver toda a trupe da casa. Imagine cada um com seu pincel, colorindo o mais novo integrante da família e pintando o seu sorriso de satisfação por ter uma família tão unida. Não é o máximo? Essa ultrassom convida o papai e os imãozinhos a sentirem a posição do bebê, seu tamanho e seus movimentos, identificando a cabeça, a coluna e os pés. É realmente uma viagem ao universo da imaginação, e ainda poupa o neném das radiações do ultrassom tradicional. Demais, né? 
No Brasil afora já se encontra parteiras, doulas, obtetrizes e enfermeiras obstétricas que fazem esse trabalho. Vale muito à pena. 

(foto retirada do site de Naoli)
Essa prática começou a ser difundida e conhecida por aqui através do trabalho da Naoli Vinaver, uma "parteira mexicana contadora de histórias", que vive em Florianópolis e é internacionalmente reconhecida por sua competência, respeito e amor à vida. 


Bom, outra atividade DELICIOSA, que também vai envolver seus filhos e marido e que vai eternizar o seu barrigão é a Barriga de gesso. 
Dessa experiência eu provei e foi incrível! Só depois que eu retirei o molde de gesso e vi a barriga "fora de mim" que pude ter a real noção do seu tamanho. Para isso, contei com a ajuda e habilidade do meu marido, Adelmo. Foi muito legal, demos muitas risadas e fizemos muita sujeira. 
É muito simples de se fazer essa barriga, você só vai precisar de ataduras de gesso, água e paciência. O processo leva em média uma hora, sem contar o tempo de secagem. Portanto, é pra curtir mesmo e sentir os movimentos que o seu baby vai fazer durante a 'brincadeira'. 
Depois que a barriga estiver seca é só tirar com cuidado e deixar secar 'de verdade' por mais 7 dias. A partir daí, já se pode viajar na customização e fazer uma super peça de decoração com doces recordações.

(Arquivo pessoal Matrem)

 A nossa barriga foi feita com 40 semanas e foi de grande valia para afastar as aflições de uma mãe ansiosa.
Meu marido foi muito paciente e colocou todo o seu dom artístico e de pedreiro em prática. Cada quadradinho de atadura foi devidamente colocado com muito amor e respeito à morada temporária do Joaquim, que interagiu o tempo inteirinho com seus chutes e cambalhotas.
É, estou com saudades do meu "look barriga". Rsss.



Então, meninas, se animaram?
Essas duas dicas são realmente encantadoras e valem ser testadas. Se você tem uma doula ou parteira, pergunte a ela sobre essas riquezas e faça a que estiver ao seu alcance. Além de aproximar, fazer curtir, conhecer e colorir, são duas formas gostosas e divertidas de se vivenciar esse momento tão lindo e único.

Espero que tenham curtido essa postagem.
E se, por acaso, alguma das leitoras se aventurar, não deixe de escrever um relato por aqui. Ok?

Boa Noite a todos!
Namastê.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Diário de uma alimentação impecável na gestação.


Toda grávida acha que manter uma alimentação saudável e natural é algo quase impossível durante o período gestacional. Como abrir mão das "gordelícias" da vida, justamente na hora que elas mais gritam pelo seu estômago? Parece que todas as porcarias do mundo traçam uma história obsessiva de amor por você, não é? Aí fica dífícil resistir. Rsss. Maaas... não é impossível! 
Pensando nisso, pedi um "help" para a minha amiga Lídia Sampaio, especialista em cozinha Natural e Viva, e fizemos essa linda postagem, cheia de dicas e receitas maravilhosas, campeãs nos quesitos sabor e saúde.
Vamos a ela.

"É quase uma decoreba que a alimentação durante a gravidez deve ser balanceada, mas, quais tipos de alimentos devemos evitar?
Saibam que enlatados, embutidos (até mesmo o peito de peru light), conservas e toda sorte de industrializados contém muito sódio, açúcares e conservantes.  É muito importante, também, quando formos ler os rótulos, ficarmos atentas às quantidades de AÇÚCARES nas tabelas nutricionais, onde os mesmos aparecem como “CARBOIDRATO”, ou até mesmo como “GLUCOSE DE MILHO” (extremamente transgênico). Esta é só uma forma que a indústria alimentícia se utiliza para enganar a gente, portanto, redobre a ATENÇÃO.
Falando em açúcar: Tudo bem que somos todas loucas por doces, mas não precisamos de açúcar refinado nem de aspartame ou ciclamato (aqueles adoçantes que prometem emagrecimento, mas fazem um mal danado)! Use stévia, em forma de folha, fazendo o chá, ou opte por outros tipos de açúcares naturais encontrados em frutas ou de procedência menos industrializada.

Agora uma curiosidade: você sabia que a Candidíase é provocada por uma bactéria patogênica que fica instalada no nosso intestino? Ela se chama CANDIDA ALBICANS e se alimenta justamente de açúcar.  Portanto, gravidinha, se você está com cândida e está numa fase meio “formiguinha”, RESISTA! Que tal usar o sumo da maçã? Ele é um ótimo adoçante para sucos e as frutas desidratadas um belo “snack” doce, experimente as tâmaras medjool, são deliciosas. Eu, particularmente, não tomo açúcar nenhum mas, quando vou a alguma festinha, o consumo, por mínimo que seja, acaba sendo inevitável. Na minha cozinha, portanto, aboli o açucareiro e tento adoçar tudo com o que há de mais natural possível. A minha paixão é o Agave azul, um tipo de melado extraído da planta que faz a tequila (a diferença é que ele não dá o mesmo pico glicêmico do melado e do açúcar). E a minha segunda paixão é, sem dúvida, o mel.

Bom, continuando com a leitura de rótulos, fica uma dica:
Preste atenção: sempre, a substância que o produto tiver em maior quantidade vem em primeiro lugar na tabela, e a que tiver em menor quantidade em último. E, quanto mais nomes esquisitos o rótulo tiver, mais “trash” é o produto. (Nada melhor que um molho de tomate caseiro não é mesmo? Aquele com tomates batidos no liquidificador com o nosso toque e temperinhos frecos... Hmmm bom demais.)

O CAFÉ, querido por todas, já faz parte da nossa memória afetiva. Um cheirinho que invade a casa e enche nossos corações de ternura e afeto... Mas, mesmo a dose diária recomendada (de 300mg) pode causar problemas de saúde aos nossos bebês como: baixo peso ou até risco de aborto. Essa quantidade equivale, por dia, a três xícaras de chá de café instantâneo, mais uma barra de chocolate e uma lata de Coca Cola.
Antes da gestação do Gabriel, eu já não bebia café nem refrigerantes, então,foi bem fácil. Difícil mesmo foi deixar de lado o chocolate, já que sou fã dos beeem amargos.
Uma opção divina que encontrei foi a Alfarroba, que é um pozinho vendido nessas lojas de produtos naturais. O sabor fica entre o chocolate e o café e coloco em tudo que invento, substituindo o cacau. Vale a pena conhecer essa maravilha!

Agora, de jeito nenhum, durante uma gestação, se deve ingerir: peixes e frutos do mar crus, carne bovina mal passada ou crua, carne de porco, também mal passada, ovos crus, bife de fígado ou miúdos (para evitar a sobrecarga da forma retinóica da vitamina A) e bebidas alcóolicas.

Mas, com tantas restrições, o que comer?

O Ideal é ter uma dieta bastante variada durante a gestação, pois, quanto mais cores no prato, mais chances de ingerir muitas vitaminas e minerais diferentes.
E, como já sabemos, beber sempre muita água!
Uma ótima opção para quem não gosta de beber água é a água de coco que hidrata muito e é riquíssima em sais minerais, potássio e magnésio (isso ajudará a prevenir doenças do sistema urinário, tão comum nas gestantes, e fará o intestino funcionar melhor). Para as esquecidas, como eu, andar com uma garrafinha ou espalhar moringas e jarras de água aromatizada dentro de casa é uma boa idéia para estimular o consumo.

Os obstetras costumam receitar vitaminas com ácido fólico e ferro, mas isso não é o suficiente, temos que complementar nossa dieta diária com alimentos como: leguminosas, folhas verde escuras e as frutas cítricas que são as que mais contém essas vitaminas (não ´´VALLE`` suco de caixinha hein ! Rsss). As sementes Germinadas e Brotos contêm muitas vitaminas e minerais importantes para as gravidinhas, principalmente a vitamina K que é responsável pela coagulação do sangue. 
Você sabia que o Broto de alfafa aumenta MUITO a produção de leite materno? Mas isso é papo pra outra conversa que teremos, a do “leitinho saudável”. 

No site http://www.especialista24.com/acido-folico-na-gravidez/ tem uma lista rica de alimentos e as suas quantidades de ácido fólico com a proporção e ingestão diária. É uma super dica de clique também!

Bom, não deixando de puxar a sardinha para o meu lado, vou ensinar uma receita de suco verde com sementes germinadas que, além de ser tudo de bom, ainda ajuda no bom funcionamento do intestino (por ser uma bebida alcalina e fazer aquele detox incrível). Passei minha gestação inteira bebendo esse suco em jejum pela manhã, te garanto que vais sentir desinchar muito. E “bye bye imunidade baixa”!
Então, tome nota:

·         2 maçãs grandes
·         Uma mão cheia de sementes de girassol sem casca hidratadas por 8h a 12h(lavar bem antes e depois de hidratar).
·         4 folhas de couve
·         1 molho de hortelã
·         1 tico de nada de gengibre (rsrsr)
·         1 cenoura ou pepino para ajudar a bater o suco (biossocador)

Com a ajuda da cenoura, na função pulsar, liquidifique as maçãs já picadas até virarem um creme. Coe com um pano de prato fino ou saco de voal. Volte o líquido para o “liquidificAmor” e acrescente as folhas, gengibre e sementes. Coe novamente.
Obs.* Esse suco rende 1 porção, não precisa ser batido com água e dispensa o uso de açúcar pois a maçã é suuuper docinha.

Anote também outras maravilhas rápidas, que vão fazer toda diferença:

Água aromatizada: Coloque em uma jarra água e hortelã (cascas de laranja ou raspas de limão orgânicos pois quando não são orgânicos não usamos essas cascas por causa da quantidade de agrotóxicos presentes), e deixe na geladeira. Uma refrescante água aromatizada sempre a mão.

Caipi hare: faça uma limonada de 4 limões batida no “liquidificAmor” , (uso amor pois é uma referencia para usarmos mais amor e menos dor nos nossos pratos) acrescente um gengibre do tamanho de seu polegar e mel a gosto... Tim Tim.

Mousse de Frutas: 3 Bananas d´agua congeladas, 1 colher de sopa de linhaça hidratada, e 1 maracujá grande. Liquidifique tudo e “Don`t worry”, você pode comer de sobremesa e até no café da manhã.

Docinhos: Processe 250g de tâmaras s/ semente com 100g de castanhas de caju hidratadas por 4h (faça de forma que fiquem “pedaçudas” mesmo, não faz mal). Enrole os docinhos e passe na alfarroba em pó.

Chá solar: em uma jarra coloque as ervas que preferir, tampe e coloque no sol, esqueça lá... no chá das 17h  retire e sirva em xícaras mornas acrescente aroeira para um aroma docinho, e assim sem ferver ele preserva a vitalidade das ervas e suas propriedades que não vão se perder com a fervura.

Coco espumante: bater a água e a polpa do coco verde em um liquidificAmor e... Saúde!"








Por Lídia Sampaio educadora em Alimentação Viva formada pelo ENSP/Terrapia/FIOCRUZ e idealizadora do projeto Cozinha Natural, onde dissemina alimentação saudável na promoção da saúde. Através de aulas Particulares e ao vivo via Skype.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Meu mamilo rachou, e agora?


Hoje, uma amiga veio me perguntar o que fazer, pois há cinco dias o seu filho nasceu e o bico do seu seio está rachado. Resolvi fazer uma postagem direcionada a ela, mas também a outras amigas que, um dia, me perguntaram a mesma coisa.
Quando a gente engravida, uma avalanche de dicas e truques "para o seio não rachar" surgem das mangas de muitas tias, avós, amigas e vizinhas, porém algumas coisas não são aconselháveis de se fazer.
Já se sabe, hoje em dia, que não há necessidade de preparar as mamas para a amamentação e sim, estudar formas de oferecer o seio para o seu bebê. Porém, não custa fazer algumas coisas que não trarão nenhum malefício para a saúde dos seus mamilos, como por exemplo, pegar sol nas mamas e usar a concha de silicone, com consciência. 
Esqueça as buchas, cremes e pomadas, pois tudo isso afina a pele do seio e do mamilo, fazendo com que o local fique mais sensível e ainda mais propenso às fissuras. Jamais coloque mamão no seu seio! Isso é uma porta escancarada para infecções, bactérias e afins. 

- Bom, como então evitar as rachaduras e machucados? 
Corrigindo a pega do seu bebê! 
E isso começa com a forma que você deve oferecer o seu seio a ele. 
O ideal é que, na hora da mamada, você, mamãe, se certifique de que o seu filho está abocanhando não só o seu bico, mas também a sua aréola. Dessa forma não haverá obstrução da saída do leite e nem machucará você. Quando o bebê só suga o mamilo o leite não sai e a região fica irritada, ocasionando dor e rachaduras. 


Para garantir essa pega, tente segurar o seu seio de forma facilitadora. 
Uma alternativa muito boa é "amassar" suavemente a aréola e inseri-la toda (ou boa parte dela) na boca do bebê, como na foto abaixo. 
Queixo no seio e nariz livre.
O polegar posicionado na parte superior da aréola 

facilita a 'manobra', pois com o bico elevado, o bebê
vai abocanhar primeiramente a parte inferior da aréola
e, em seguida, (após soltar o polegar), a outra parte 

se acomoda automaticamente.

Não se preocupe, seu filho não vai se afogar! E seja suave, assim você não sentirá dor.
Para que o seu bebê abra a boca, basta encostar o bico do seio em seus lábios. E quando ele já estiver craque na pega perfeita, não há mais necessidade de fazer essa manobra.
Lembre sempre de estar com ombros relaxados e os braços bem posicionados para que o conforto seja garantido e a mamada flua bem. E, durante o processo, segure a mama com a mão em forma de "C", para que não haja obstrução dos dutos. Algumas mães seguram com os dedos indicador e médio, como se fosse uma tesoura, e isso pode atrapalhar a fluidez do leite. 
Uma outra dica importante para ficar livre das rachaduras é manter os seios sempre secos. E aí entra o banho de sol! 
- Mas, por que sol? 
Porque a sua luz, além de fornecer Vitamina D, vai dar resistência à pele do seu mamilo e adjacências. Vai mantê-lo seco e evitar a proliferação de fungos e bactérias. 
- UAAAUUUUUU! 
É, o sol faz isso tudo. Mas, não vai dar "aloka" e ficar "quarando" por horas, ok? Bastam 15 ou 20 minutinhos no horário da manhã, e pronto. Entretanto, lembre-se: de nada vai adiantar o sol se a pega continuar errada! 

- Mas, Ju, o meu seio já está machucado. O que eu posso fazer?
O que eu SEMPRE digo para as minhas amigas é: depois da mamada, espalhe um pouco do seu próprio leite em todo o seio e deixe secar livremente (quando eu digo livremente é sem passar paninho, papel... NADA. Larga ele ali e não coloque sutiã, absorvente de seio, até que ele seque). O leite materno é um cicatrizante poderoso, além de antibacteriano. E quanto mais ventilada estiver a região, melhor! Assim, a proliferação de fungos e bactérias passa longe.
Algumas mães que conheço optaram por usar também a Lanolina (pura) para ajudar na cicatrização. Eu não vejo necessidade, mas se for do seu agrado, é só ir até a farmácia ou buscar em lojas online especializadas. Esse não é um produto barato e, provavelmente, vai ser usado em muito pouca quantidade. Portanto, pense bem antes de comprar. 

Como eu disse mais acima, não é necessário preparar o seio para a amamentação. Não use nada em seus mamilos. Risque da sua lista: óleos, hidratantes, sabonetes milagrosos, buchas, toalhas para esfregar, etc. A natureza é perfeita e, durante a gestação, o corpo prepara as nossas mamas. Elas ficam naturalmente mais hidratadas por causa de glândulas sebáceas e sudoríparas que possuímos na região das aréolas e são chamadas de Tubérculos de Montogomery. Elas formam uma camada hidrolipídica que protege essa área e evita rachaduras. Nosso corpo é realmente perfeito!

Tubérculos de Montogomery 
Sobre o uso de conchas de solicone:
Nos primeiros dias de amamentação é válido. Ela ajuda na formação do bico, sem ferir, e colhe o excesso de leite sem deixar os seios úmidos. O que ajuda a pele a ficar bem macia. Porém, use com sabedoria! Mantenha as conchas esterilizadas e secas, rejeitando o leite acumulado, e nunca durma com elas (a umidade vai dificultar a cicatrização do seu seio).

Então, meninas, valeu à pena ler? 
Espero que a postagem tenha sido esclarecedora. 
É muito comum ter dificuldades e dúvidas no início da amamentação. Por isso, mantenham-se sempre informadas e sem vergonha de perguntar. 
Lembrem-se sempre que a "pega perfeita" é peça principal para uma mamada plena e um seio sem fissuras. Observe. Corrija. 
E, se achar que ainda está fazendo errado, corre e pede ajuda. 

Obrigada pela leitura!
Até a próxima postagem.
Namastê.

(Todas as imagens foram retiradas da internet).

domingo, 11 de maio de 2014

O verdadeiro dia das mães.

(Arquivo pessoal Matrem)

O mês de Maio chegou. E como já se é determinado, o seu segundo domingo é dedicado às mães. Mas, por que essa data específica? 
Sempre ouvimos dizer que " dia das mães é todo dia", e isso é a mais pura verdade. Mas, se me pedissem pra escolher um dia que celebrasse de verdade a existência de uma mãe, eu escolheria a data de aniversário de seu filho. 
Pense só... Desde o dia em que engravidamos, nossas vidas se transformam e passamos a nos preparar para um outro dia ainda mais transformador, o do nascimento do nosso filho. É como um ensaio para uma grande e importante estréia. A estréia de uma vida. A estréia de uma MÃE. E, na minha opinião, esse deveria ser o NOSSO DIA (dia de cada uma)! É quando a vida decide transbordar através de nós e "vazar" em forma de filho. E o amor, de tão grande, deixa de caber em um coração só e decide se dividir em dois, ou mais, para multiplicar por infinito. 
O verdadeiro dia das mães é aquele que a gente sentiu pela primeira vez o nosso bebê. Que as peles se tocaram, que os cheiros se misturaram, que o seio se transformou em fonte de alimento e a vida passou a fazer total sentido. O verdadeiro dia de uma mãe é aquele que ela descobre a capacidade de amar alguém mais do que a si mesma. 
O segundo domingo de Maio, aleatório coitado, é o dia que inventaram para nos lembrarem de celebrar (presentear) as nossas mães. Será que realmente precisamos dele? Sempre me fiz essa pergunta (assim como sempre me indaguei sobre o dia dos pais, das avós, dos namorados...).
Hoje, como mãe, acho muito mais legal e significativo ter um "dia das mães" exclusivo, onde eu possa comemorar de verdade o motivo da data, que é o nascimento meu FILHO. 

Contudo, se existe essa data no calendário, não vamos deixar de confaternizar. Não é? Afinal, em meio a tantos dias exaustivos e intensos, um "mimo" é muito bem vindo. Rsss.

Mãe é dádiva em forma de gente. É quem nos ama incondicionalmente, sem contabilizar nossas falhas e acertos. É quem, realmente, faz TUDO por nós, como se não houvesse o amanhã.

Desejo a todas as mães um dia cheio de amor e rodeado de filhos e avós. 

Ser mãe é ter, todos os dias, motivos para agradecer. E ser filho é ter motivos, de sobra, pra dizer "Eu te amo". 

Feliz dia das mães! 
Em especial para a minha querida mãe, Tania. 

Namastê.